História
  Como Chegar
  Localização
  Fotos da Cidade
  Turismo
  Mapas
  Alimentos
  Assist. Técnica
  Comércio
  Cultura e Lazer
  Educação
  Esportes
  Hotéis
  Imobiliárias
  Informática
  Profissionais
  Restaurante
  Saúde
  Utilidade Pública
  Veículos 
  Notícias
  Previsão do Tempo
  Download
  Classificados
  Agências Bancárias
  Hospitais
  Telefones Úteis
  NET4YOU
  Publicidade
  Fale Conosco



10/05/2004 - Entrevista de Buba para a Gazeta do Povo


Após 16 dias de confinamento, o empresário curitibano Edilson Buba, 32 anos, fala sobre sua prisão por tráfico. O ex-participante do programa Big Brother Brasil revelou à Gazeta do Povo (com respostas escritas à mão) detalhes sobre como e porque foi detido. Buba está no Centro de Observação e Triagem Criminológica (COTC), no complexo penitenciário do Ahú. A entrevista foi intermediada pelos seus advogados de defesa, que encaminharam as perguntas a ele na quinta-feira. Buba – que foi preso no Aeroporto Afonso Pena com 18 gramas de maconha e 18 comprimidos de ecstasy – enfatiza em várias questões que é apenas usuário do entorpecente.

Gazeta do Povo – Você participou de um programa de televisão, ficou famoso e um mês depois foi para a prisão. Como você está lidando com essa reviravolta?
Edilson Buba – Não tinha caído nem a ficha da minha participação no BBB. Nem se fala da minha prisão.

– Segundo amigos, você chegou a ter sintomas de depressão no programa, principalmente pela ausência da sua namorada. Como você está lidando com isso agora?
– A imagem passada pela edição do BBB foi que eu só sentia falta dela, o que não é verdade. Senti também muita falta da minha família, dos meus amigos, da minha vida, enfim.

– Você deixou o programa com fama de "bom moço", encaixou-se no tipo de homem sensível, fiel à mulher. O que você acha que está ocorrendo com a sua imagem em relação ao público em geral depois da prisão?
– O público deve estar perplexo com o que ocorreu, mas não é porque cometi um erro que vou deixar de ser um bom moço e um homem fiel.

–Por que você estava com a droga?
– Estávamos indo para o aniversário do Dudu (colega do BBB), na casa do pai dele, em BH. E não queria levar os comprimidos para lá. Peguei a caixinha que estava a droga por engano, pois estava próximo aos medicamentos da Dili. Nós quase não viajamos, pois ela teve uma crise de sinusite na noite anterior. Decidimos ir de última hora e por isso fizemos as malas às pressas e de maneira alguma quis levar a caixinha comigo. Não era para ter saído lá de casa.

– Você concorda com a acusação de tráfico?
– Não, de maneira nenhuma. O meu único erro cometi contra mim mesmo, contra minha saúde física e mental, começando a usar droga aos 32 anos.

– Você é viciado?
– Não, usava drogas esporadicamente em festas que vinha freqüentando, pois minha presença era muito concorrida. Cheguei a ir em três festas em uma única noite. E também cheguei a tomar cinco comprimidos em uma única noite.

– Você acredita que a rigidez na condução do seu caso é motivada pela fama que você conquistou?
– Não é pela fama que estou sendo tratado com rigidez. Pela lei, o traficante é tratado assim. O que está ocorrendo é que o delegado, no entendimento dele, achou que me enquadrou como traficante, apesar de nunca ter vendido, ou dado aqueles comprimidos para ninguém, estou sendo tratado como traficante. Por isso a rigidez no tratamento. Não sou traficante.

– Você tem medo de ser obrigado a virar exemplo do "rico" que também vai para a cadeia?
– Em primeiro lugar, não sou o rico que estão pintando. Trabalho desde os 12 anos pelo meu sustento. Tudo que consegui foi fruto do meu trabalho e acredito que a justiça é igual para todos. Pelas informações que tive, vou ser julgado por um juiz muito sério e correto. Ainda acredito na Justiça.

– Como foram os dias na carceragem da delegacia de São José dos Pinhais?
– Muito sofrimento. Nunca tinha vivido uma tal situação.

– Havia muita provocação dos outros presos?
– Sim, muita.

– A situação está mais tranqüila no Centro de Observação e Triagem Criminológica?
– A situação do preso nunca é tranqüila, é sempre difícil e constrangedora. Deixei de conviver com as pessoas que amo. Mas aqui no COTC; não só eu como todos os presos são tratados com muito respeito e dignidade.

– É possível traçar um paralelo entre o confinamento no Big Brother e o na cadeia?
– O BBB é um confinamento voluntário. A cadeia, não. Aqui falo com meus advogados quase todos os dias, uma vez por semana irei receber visita da minha família, mando e recebo cartas. A perda da liberdade, tanto no BBB quanto na cadeia, são difíceis. Tanto é que no final do BBB eu não agüentava mais o confinamento.

– Qual era a ligação que sua namorada tinha com a droga?
– Usuária, como eu.

– Você ainda pretende ser candidato a vereador?
– Não sei, não tive tempo para pensar.

– O que você pretende fazer caso seja solto?
– Desde que saí do BBB, não sabia o que faria com a minha fama, uma vez que para o meu escritório de consultoria ela não seria necessária. Para o bar, também não muito, pois sempre tivemos um bom movimento. Depois que aconteceu isso em minha vida, descobri que posso ajudar a muita gente a não seguir o mesmo caminho que eu vinha seguindo. Seja através de palestras, vídeos ou até mesmo um livro. Criarei uma OCIP ou uma ONG com o nome Vida Limpa, Vida Livre. Com os recursos arrecadados, vou ajudar usuários de drogas a se salvarem. Já tenho tudo em mente, basta eu poder colocar em prática, já estou providenciando.

Fonte: Gazeta do Povo
[ Voltar ]




Sociedade Beneficente São Mateus




Copyright © 2004 NET4YOU. Todos os direitos reservados.